23/08/2011

PEQUENO-ALMOÇO EM SUZDAL

Acordei às sete da manhã com os tugas a sair - o suficiente para dizer adeus, foi bom ver-vos nem que seja a correr, boa viagem... e rebolar para o outro lado.

Levantei-me uma hora depois. Tinha combinado ir tomar o pequeno-almoço com o Chun, parece que a senhora do hostel recomendara um lugar qualquer. Saímos para a rua às oito e meia, o céu estava azul, praticamente sem nuvens - foramos poupados às intempéries. E quando chegámos ao tal restaurante, encontrámos a porta aberta.

Entrámos, pois claro.

As duas princesas ao balcão ficaram a olhar para nós como se estivéssemos a assaltar o castelo.

Silêncio.

O Chun ousou um bom-dia em inglês, enquanto eu dava um passo atrás, para confirmar que estávamos no sítio certo. Elas começaram então a acenar e a cuspir insultos em russo, eventualmente misturados com a palavra mágica "closed".

Mensagem recebida.

Saímos, desapontados, sem saber muito bem para onde ir, e eis que uma das donzelas - a que tinha cara de granda-frete-que-estou-a-fazer-por-vocês... ou será que era a outra, com ar de vocês-são-uns-anormais-e-eu-não-tenho-paciência-para-isto - vem ter connosco e aponta para uma pequena placa na porta. Dizia assim:

9-23

Só abre às nove, portanto.

Eram 08:53.

Ainda nos rimos da situação, enquanto procurávamos outro lugar para comer. Mas ao fim de dez minutos sem encontrar nada, resolvemos ceder e regressar - afinal das contas, era recomendado. E quando voltámos a entrar no restaurante, às 09:11, fomos recebidos por dois maravilhosos e brilhantes sorrisos. Incrível.

E: que estranho.

Tomámos o pequeno-almoço - muito simples, mas nada mau - ao som de Tony Carreira... em russo.






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