16/10/2015

MÁQUINA ZERO, DIZ O BUDA

Há muito, muito tempo, um príncipe cortou o seu longo cabelo para renunciar à vaidade e ao Ego.

Fez muito mais, este príncipe. Mas para este post interessa a história do cabelo, apenas. Disse o senhor àqueles que o seguiam (não no instagram ou no facebook, mas na vida real) que deveriam imitar-lhe o gesto e fazer o mesmo - e que não deveriam deixar passar duas luas sem rapar o cabelo outra vez, e que evitassem olhar para espelhos.

Esta história aconteceu há mais de 2500 anos, mas ainda há quem siga os ensinamentos deste príncipe e quem viva a sua filosofia.

Chamava-se Siddharta, ficou conhecido por Buda.

Não é a primeira vez que assisto ao "ritual da rapadela" entre monges budistas - e confesso que no Laos teve outra envolvência, pois a certa altura fui convidado a participar e a rapar o cabelo a um dos monges - mas ontem vimos uns miúdos a rapar o cabelo uns outros... e não resisti a registar o momento.

Estávamos em Amarapura, eu e o grupo da Nomad. Nos arredores de Mandalay. Tínhamos assistido ao nascer-do-sol na ponte U Bein, depois tomámos o pequeno-almoço num restaurante local - e depois fomos para a zona dos mosteiros, para assistir ao almoço dos monges. Quando vimos quatro sentados a um canto, no jardim, a rapar o cabelo uns aos outros.

Ficam as fotos:




Ao contrário do que acontece na Tailândia e do Laos, onde os monges rapam o cabelo uma vez por mês (nos dias de lua cheia), aqui na Birmânia pode-se rapar em qualquer altura.E com bastante mais frequência.


1 comentário:

Clara Amorim disse...

Espectacular!